Filho, amor exigente ou amor displicente?


 

Filho, amor exigente ou amor displicente?

Qual é o amor que você está proporcionando ao seu filho? Exigente ou displicente? Eis um questionamento que muitos pais não sabem responder, a verdade é que muitos pais, sem saber, estão proporcionando aos seus filhos um amor displicente. O amor displicente é aquele sem compromisso com a educação dos filhos, pelo fato de vivermos em uma sociedade que valoriza mais o ''ter'' e não o ''ser''. Muitos pais se preocupam mais em proporcionar aos seus filhos aquilo que é mais bem visto pela sociedade, ou seja, bens materiais. No desejo de proporcionar esta ''conquista'' ao seu filho, trabalham demasiadamente, muitos a bem da verdade se realizam profissionalmente, porém se esquecem de doar a sua presença para o filho.
Tremendo erro. Nenhum sucesso profissional compensa o fracasso na família. Sinônimo deste amor, fruto da ausência é a liberdade em excesso proporcionada aos filhos.Os pais querendo compensar a sua ausência, tudo permitem,se esquecem, não sabem, fingem esquecer ou fingem não saber que a palavra " não" também educa, molda, impôem limites, respeito e é uma forma de expressar o amor. É uma relação onde os filhos tudo podem, os pais não dizem não aos filhos. Desta forma, não conseguem pôr limites. É evidente neste amor a carência e a falta de afetividade.Será que os pais não sabem que os filhos clamam pôr limites e necessitam dos mesmos? Será que não sabem, que aprender essa lição em casa é infinitamente melhor do que aprender na rua? Será também que não sabem ou não enxergam que é outorgada a eles, responsáveis legais, a transmissão deste aprendizado ou seja, colocar limites?
Por outro lado, temos o amor exigente, este sim, é o amor do compromisso entre as partes. Está presente neste relacionamento, o carinho e o afeto. Neste amor temos a liberdade, porém uma liberdade com limites, pautada na coerência, na prudência. Notório neste amor é a preocupação dos pais com a educação e o bem-estar dos filhos.
É um amor que muitas vezes dói. Os pais com o intuito de pôr limites, às vezes sofrem por terem de usar palavras duras para fazer valer das suas convicções. Sofrem também pelo fato de muitas vezes não serem compreendidos, reconhecidos e valorizados. Eis o amor que traz superação e força interior. Eis o amor que educa e que molda personalidade.
Proporcionar o amor exigente para os filhos não é fácil, visto que este necessita de renúncia e de grande dedicação por parte dos pais, é uma luta constante em uma sociedade que está se esquecendo dos valores morais e dos bons costumes em detrimento do viver em família.